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Onicomicose fragiliza a saúde das unhas

imageJá à primeira vista, ao passo que ditam as impressões iniciais, as mãos também revelam muito de cada um de nós e exercem múltiplas funções: pinçam, agarram, acolhem, confortam, comunicam. Mais do que isso, desde que conquistamos a postura ereta, elas são expressão da liberdade de ação da espécie e, porque não, da individualidade do ser.

Mas o que seria delas – e também dos pés – sem a presença de importantes lâminas queratinizadas que recobrem a última falange dos dedos e os protegem contra atritos externos? Sim, as unhas, além do apelo estético e da função protetora, aumentam a capacidade de pegarmos pequenos objetos (manipulação fina), contribuem para uma correta biodinâmica do pé e podem, inclusive, revelar o estado de saúde de uma pessoa.

É por isso que elas merecem cuidados constantes que não devem se limitar à higiene e à beleza. Afinal, o desconforto é grande quando encravam ou crescem com alterações na formação e coloração, pois sinalizam carência de nutrientes essenciais ao organismo. O primeiro passo seria incluir na dieta alimentos que contenham oligoelementos (ferro, zinco e selênio), vitaminas (B6, A, C, E, biotina) e aminoácidos (cistina, arginina, ácido glutâmico).

Estrutura complexa

A unha é uma placa retangular dura, formada por quatro camadas: matriz ungueal (raiz), lâmina ungueal (corpo da unha), dobras laterais e borda livre. O maior eixo é longitudinal nas unhas das mãos e transversal nas dos pés. Duas pregas laterais demarcam as bordas, e a parte visível termina em borda livre, tornando-se branca neste local devido ao contato com o ar.

Segundo a dermatologista Daniela Pimentel, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apesar da preocupação dos brasileiros com a boa aparência das lâminas, são frequentes as queixas de unhas quebradiças, secas, em processo de descamação ou com micose. Para identificar e tratar qualquer dano, portanto, duas atitudes são essenciais: buscar um diagnóstico preciso com um dermatologista e a mudança de hábitos.

Alta incidência

Alterações na cor (amarelada ou esbranquiçada), descolamento ou espessamento da unha? Pode ser micose, um problema frequente entre os brasileiros. É o que revela o estudo Observatório Nacional de Onicomicose (ONO), que envolveu 7.852 pacientes de 40 clínicas dermatológicas.

Segundo a pesquisa, da qual participaram 65 médicos de diversos estados, 28% dos entrevistados apresentavam onicomicose (conhecida como micose de unha), enquanto 53% tinham história prévia de doenças fúngicas.

Os números chamam a atenção dos dermatologistas, já que a infecção pode trazer grandes desconfortos e é considerada, por muitos especialistas, como a micose superficial de mais difícil tratamento, uma vez que pode levar de seis a 18 meses para ser totalmente curada.

“Diferente das micoses da pele, a onicomicose realmente tem um tratamento longo, porque o fungo às vezes pode estar abaixo ou até no interior da lâmina. Assim, a eficácia dependerá do crescimento da unha. O que deve acontecer é que a unha infectada será substituída por uma unha saudável. Para isso, é preciso dar condições para que ela cresça de sem problemas, justifica a dermatologista Camila Eduardo, pesquisadora do estudo.

Fonte: Diário do Nordeste.

Comer peixe uma vez por semana melhora saúde do cérebro

resizeImagensPesquisas anteriores apontavam que o ômega-3 presente em grandes quantidades de peixes, sementes e óleos está associado à melhora da saúde cerebral. No entanto, um novo estudo descobriu que não é necessário consumir grandes quantidades para se beneficiar: segundo os cientistas, incluir apenas um filé de peixe uma vez por semana no cardápio já melhora as funções cognitivas do cérebro. As informações são do Daily Mail.

“Nosso estudo mostra que as pessoas que incluem peixe, grelhado ou assado e não frito, na dieta tem mais volume em áreas do cérebro associadas a memória e cognição”, explica James Becker, professor de psiquiatria na University of Pittsburgh School of Medicine. “Peixe assado ou grelhado contém mais níveis de ômega-3 do que o frito porque os ácidos graxos são destruídos no processo de fritura, então levamos isso em consideração durante a pesquisa”, explicou Cyrus Raji, um dos autores do estudo.

Para chegar aos resultados, os cientistas analisaram dados de 260 pessoas que forneceram informações sobre a alimentação e tiveram os cérebros escaneados. Todos foram considerados “cognitivamente normais” em dois momentos durante os 10 anos de duração da pesquisa, iniciada em 1989. “Os participantes responderam questionários sobre os hábitos de alimentação, como a quantidade de peixe que comiam e como era preparado”, explicou um dos autores do estudo, Cyrus Raji. .

De acordo com Becker, os resultados sugerem que o estilo de vida, no caso, o hábito de comer peixe, contribui mais para mudanças estruturais no cérebro do que fatores biológicos. “Uma confluência de fatores do estilo de vida é responsável por uma saúde cerebral melhor e pode evitar ou adiar problemas cognitivos no futuro”, explicou.

Fonte: Terra.

Emagrecer melhora saúde, mas não afeta humor, indica estudo

Emagrecer-1024x682Pessoas acima do peso que emagrecem têm mais probabilidade de se sentirem infelizes do que aqueles que se mantêm iguais, de acordo com um estudo. A pesquisa observou 1,9 mil pacientes britânicos acima do peso com mais de 50 anos, aconselhados a perder peso por questões de saúde.

O estudo, publicado na revista científica PLOS One, afirma que pessoas que perderam mais de 5% de peso ficaram mais saudáveis, porém mais propensos a sentir mau humor. A equipe da Universidade College London (UCL) afirmou que quem estiver tentando perder peso deve procurar o apoio de amigos e profissionais de saúde, caso sinta necessidade.

Os pacientes foram observados durante quatro anos, ao longo dos quais tiveram monitorados peso, pressão sanguínea e nível de lipídios no sangue. As 278 pessoas que emagreceram também registraram queda na pressão e no nível de lipídios.

Obstáculos da dieta

Mas também tiveram uma probabilidade 50% maior de se sentir tristes, em comparação com aqueles que mantiveram o mesmo peso. Para os cientistas, isso poderia ser explicado pelas dificuldades de se manter uma dieta, como por exemplo resistir a beliscar e evitar encontros com amigos que envolvam refeições.

“Não queremos desestimular as pessoas a tentar perder peso, porque isso traz enormes benefícios de saúde. Mas as pessoas não devem ter a expectativa de que emagrecer vai imediatamente melhorar todos os aspectos de suas vidas”, afirmou a doutora Sarah Jackson, que coordenou a pesquisa.

A médica criticou a publicidade de marcas de dietas que criam “expectativas irreais” sobre emagrecimento. Segundo Jackson, a publicidade também promete a melhora em outros aspectos da vida. Especialistas dizem que é comum o humor melhorar depois que as pessoas atingem as suas metas de peso e passam a mantê-lo. Por isso, eles recomendam que quem entre em dietas de emagrecimento se mantenha atento aos efeitos físicos e psicológicos disso.

Fonte: UOL Saúde.

Unimed Ceará doa mais de duas toneladas de alimentos arrecadados durante Bolão da Copa do Mundo

DSCN2231A Unimed Ceará promoveu durante a Copa do Mundo o Bolão Juntos pelo Brasil, onde em cada jogo da Seleção Brasileira os colaboradores faziam seus palpites e doavam a partir de 3 kg de alimentos não perecíveis. Após cada partida, aqueles que acertassem o placar do jogo concorriam a televisores de Led. Ao final do Mundial, foram arrecadadas mais de duas toneladas de alimentos.

“As doações foram frutos da solidariedade dos nossos colaboradores, assim como também a escolha das instituições beneficiadas, como forma democrática decisória, peculiar da nossa gestão cooperativista”, destaca o presidente da Unimed Ceará, Dr. Darival Bringel de Olinda.

No total, oito instituições receberam alimentos doados durante o Bolão Juntos pelo Brasil. São elas: Projeto Sonho de Criança, Instituto Vida Videira, Iprede, Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, Missão Vida em Foco, Atos 29, Abrigo Santa Gianna e Associação Peter Pan.

Ao final do Bolão, a Unimed Ceará presentou com uma viagem à Guaramiranga, com direito a acompanhante, o colaborador Roger Gadelha por ter sido o maior doador. Ele doou 170 kg de alimentos.

Pressão alta na meia idade pode prejudicar funções cerebrais

foto2hipertensaolatinstockSofrer de pressão alta durante a meia idade pode prejudicar as funções cerebrais no futuro e até causar demência, de acordo com um novo estudo. Segundo a pesquisa, a hipertensão na meia idade diminui em 6,5% a eficácia da memória, da concentração e de outras funções do cérebro dentro de 20 anos. No entanto, os medicamentos para a condição podem amenizar os efeitos colaterais nas funções cognitivas se começarem a ser tomados cedo. As informações são do Daily Mail.

“Iniciar o tratamento logo é fundamental para evitar esse quadro”, explica Rebecca Gottesman, da Johns Hopkins University School of Medicine. “Nosso estudo sugere que a pressão alta durante a meia idade seja um fator mais importante do que a hipertensão na terceira idade para a integridade das funções cognitivas”, acrescentou.

O estudo analisou 14 mil pessoas com idades entre 48 e 67 anos durante duas décadas e comparou as funções cerebrais naqueles com hipertensão, pré-hipertensão e pressão arterial normal. Os participantes tiveram suas pressões medidas cinco vezes durante os 20 anos e também fizeram testes mentais, inclusive de memória. Os resultados mostraram que o declínio nas funções cerebrais nos hipertensos foi 6,5% maior do que naqueles com pressão normal.

A pesquisa ainda revelou que os participantes que sofriam de pressão alta, mas tomava medicamentos, apresentaram menos declínio cognitivo durante os 2 anos do que os voluntários que não trataram a condição.

Fonte: Terra.

Exagero nos selfies pode revelar transtornos

imageEstar bem na foto não basta, é preciso ser curtido, seguido, enfim, admirado e aceito por todos. Talvez por isto tanta preocupação em caprichar e, muitas vezes, “abusar” nas postagens dos selfies (autorretratos). Essa busca pela imagem perfeita pode trazer sérias consequências, em especial aos adolescentes com transtornos preexistentes, a exemplo da bulimia e do transtorno dismórfico corporal, segundo explica o psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, David F. De Lucena.

O caso do britânico Danny Bowman, 19 anos, é bem emblemático. Ele passava até 10 horas por dia tentando a pose perfeita. A mania o levou a abandonar os estudos, a perder 30 quilos e a não sair de casa durante 60 meses. Diagnosticado com transtorno dismórfico (distúrbio psicológico onde a pessoa acredita ter defeitos físicos que não possui), o jovem foi considerado o primeiro viciado em selfie da Grã-Bretanha.

Os sintomas surgiram aos 15 anos quando ele passou a postar esse tipo de foto no Facebook. Ao perceber que não conseguia a imagem ideal chegou a tentar contra a própria vida. Não por acaso, Danny está na faixa etária dos mais atingidos pelo problema.

Conforme o psiquiatra David de Lucena, estudos de grupos canadenses e americanos mostram que as redes sociais têm elevados traços narcisistas, histriônicos e impulsivos de jovens que nasceram durante o surgimento de redes sociais (12-20 anos). “Em certos casos pode sim haver uma compulsão em publicar fotos perfeitas e aguardar que elas sejam curtidas. A perfeição das fotos faz parte da rotina. Não há dúvidas que algumas pessoas estão sofrendo com esta cultura”.

O fato é que, com a evolução da tecnologia, está cada vez mais fácil “cair na rede” e mais difícil resistir a um selfie, isso vale para todos, independentemente de idade, sexo ou classe social.

Fonte: Diário do Nordeste.

Comer menos não resolve questões emocionais da obesidade, diz psiquiatra

8n4q8odci1_66ykoaher_fileDiminuir a quantidade de comida ou mesmo eliminar determinado alimento da dieta pode não surtir efeito na perda de peso mas, ao contrário, até piorar o quadro já que para algumas pessoas, perder peso interfere em mecanismos emocionais desencadeados por questões pessoais que precisam ser tratados. É o que explica o psiquiatra Arthur Kaufman, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com ele, é possível tratar distúrbios alimentares e emagrecer sem deixar de comer um doce ou tomar um refrigerante. “Comer pode representar, mais do que uma necessidade do organismo, uma questão emocional”, afirma o especialista ao destacar que a comida, em todos os tempos, sempre esteve associada a sentimentos.

“Há pessoas para quem a comida exerce o mesmo efeito – excitante ou calmante – da droga e ela é capaz de desenvolver um distúrbio alimentar que a leva a comer mesmo sem fome, por tristeza, alegria ou ansiedade. Nesses casos, o tratamento deve ser focado no distúrbio alimentar e em sua causa emocional e não na doença “obesidade” em si”, explica.

“Bebemos e comemos pra comemorar, mas também recorremos à comida quando estamos tristes – sobretudo às mais calóricas. Costumamos nos dar o direito aos excessos por achar que naquele dia merecemos. Quem nunca disse: comi tudo o que tinha direito?”, observa.

Segundo Kaufman, a comida está associada a coisas boas não apenas pela questão da alimentação, mas porque as comemorações – aniversários, celebrações, casamentos – são sempre feitas com comida calórica. “Ninguém comemora uma conquista ou se consola por uma perda comendo alface. Interpretamos que por estarmos feliz merecemos comer o que queremos, e o mesmo ocorre quando estamos tristes. Por isso, é um distúrbio difícil de tratar, sendo necessário desfazer essas associações e conter os impulsos que já estão automatizados no comportamento. Indico aos meus pacientes que criem um ‘kit emergência’ para os momentos em que estiverem chateados, porque a tristeza é má conselheira”, sugere o especialista.

Outra dica do psiquiatra é organizar um diário alimentar: anotar o que come de acordo com os dias, horário e quantidade, o local e o que está sentindo, e se comeu sozinho ou com alguém. “A companhia é importante porque há pessoas que nos deixam mais tensos e fazem com que comamos mais”.

Fonte: R7 Saúde.

Correr até 10 minutos por dia reduz risco de morte, sugere estudo

estrategia-de-corridaFazer uma corrida curta e rápida diariamente pode ser tão eficaz quanto correr prolongadamente para viver mais, destaca um estudo publicado nesta semana no periódico “Journal of the American College of Cardiology”. Correr de 5 a 10 minutos por dia pode reduzir significativamente o risco de doenças cardíacas e morte precoce.

As pessoas que correm para se exercitar apresentam um risco 30% menor de morrer e as chances de óbito por doença cardiovascular caem 45% em comparação com quem não pratica o exercício físico. Corredores têm expectativa de vida três anos maior que a média dos sedentários.

A pesquisa não detectou diferenças estatísticas entre quem corre 50 minutos ou 180 minutos por semana. Os resultados também não diferiram quando a corrida se manteve abaixo dos 10 km por hora. Quem corre em ritmo lento ou caminha também têm resultados melhores do que os que não praticam atividade física.

“Visto que o tempo é um dos maiores obstáculos para se fazer uma atividade física, o estudo pode motivar mais gente começar a correr”, disse o principal autor do estudo, Duck-chul Lee, professor assistente do Departamento de Cinesiologia da Universidade Estadual do Iowa (cento dos EUA).

O estudo se baseou no acompanhamento de mais de 55.000 adultos com idade média de 44 anos no Texas, ao longo de 15 anos. A maioria era de brancos e um quarto do total era de mulheres.

Fonte: G1 Saúde.

Focar nas qualidades e ter atividades prazerosas melhoram autoestima

autoestima_1Muita gente se vê no espelho de forma distorcida e bem diferente da realidade. A imagem “reflete” uma pessoa mais gorda, mais feia e mais infeliz do que, de fato, ela é. Essa autoestima deturpada é construída ao longo da vida, nas experiências que tivemos e nas culpas que criamos. A boa notícia é que ela pode melhorar.

Segundo o psiquiatra Daniel Barros, todos nós temos fraquezas, e o que consideramos defeitos não pode se sobrepor ao restante e, principalmente, às nossas qualidades. Muitas vezes, o indivíduo se cobra demais; em outras, há interferências como perdas de pessoas queridas, solidão ou isolamento social, abusos físicos ou sexuais, fim de relacionamentos, relações tóxicas, doenças mentais, estresse, ansiedade, pressão, bullying, discriminação social, racial ou sexual, demissão do trabalho, pensamentos negativos, metas muito rígidas e até influências hormonais e obesidade – como explicou o endocrinologista Alfredo Halpern.

Em longo prazo, a baixa autoestima também pode levar a problemas mentais, consumo excessivo de álcool, alimentos, ansiedade, depressão e relacionamentos destrutivos. A autoavaliação sobre quem somos, quais são nossas habilidades, os aspectos positivos e negativos da nossa personalidade e as perspectivas sobre o nosso futuro deve estar em sintonia com a realidade. Isso porque autoestima de menos ou demais gera conflitos nas atividades diárias e nos relacionamentos.

Algumas dicas dos médicos para melhorar a situação são: escreva para entender a origem da baixa autoestima (faça um diário sobre as situações, reações e sentimentos que mexeram com a sua autoimagem), pense em uma defesa para cada sentimento negativo, deixe acessíveis objetos, cartas, fotos e presentes que lhe fazem bem, sorria mais e faça algo do qual você goste, seja no trabalho, em um voluntariado ou hobby. Além disso, estabeleça metas mais realistas e as cumpra, construa relacionamentos saudáveis, pense positivo e busque ajuda profissional quando precisar. E não desconte seus descontentamentos na comida, mas, sim, na atividade física.

Fonte: Bem Estar.

Dor de cabeça pode ser causada por desregulação de mecanismos cerebrais

485b6eafad4b4dc233929278565b67a9Dor de cabeça ou, cientificamente, cefaleia. Sente com frequência? Caso a resposta seja sim, você não está sozinho. Ela é a principal queixa da humanidade e a nona causa de ida ao médico. De acordo com a Sociedade Internacional de Cefaleia (SIC), são mais de 200 tipos e apenas 3% da população mundial está livre de ter alguma crise ao longo da vida.

Há, entretanto, um tipo de dor de cabeça que compromete a vida familiar, social e produtiva de 80% das pessoas que sofrem com o problema. Quem tem – e, no Brasil, esse número passa dos 30 milhões -, convive com crises que vêm e voltam recorrentemente, na maioria das vezes sem aviso prévio. É a enxaqueca.

“O processo doloroso interfere demais na qualidade de vida do indivíduo, porque é, normalmente, uma dor de forte intensidade associada a vários sintomas e que costuma piorar, podendo levar a pessoa a ficar acamada. Isso acaba interferindo no âmbito profissional, acadêmico, interpessoal”, justifica o neurologista Marcelo Ciciarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe).

Segundo ele, o impacto da enxaqueca pode ser medido, por exemplo, pelo índice elevado de ausência ao trabalho. “Uma pesquisa europeia recente revelou que 25% das pessoas com enxaqueca diária ou quase diária estão desempregadas”, descreve.

Ajuda médica

Segundo estudo recente publicado pela revista Cephalalgia, cerca de 18% das brasileiras e 6% dos brasileiros têm o problema. Apesar de, nos dois extremos (infância e velhice), os percentuais atingirem de forma equilibrada ambos os gêneros, por volta dos 30 anos a prevalência nas mulheres chega a ser quatro vezes maior.

Em Fortaleza, estima-se que haja 170 mil enxaquecosos. 85% deles têm mais de duas crises por mês. Diante dos sintomas – a maioria incapacitante – o primeiro passo é procurar ajuda médica. Com o tratamento adequado, é possível conviver com crises cada vez menos frequentes (e de menor intensidade), além de melhorar a qualidade de vida.

Sem marcador

Até 1962, indica o neurologista João José Carvalho, chefe do Serviço de Neurologia e coordenador da Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza, não havia um consenso internacional sobre a definição de enxaqueca. Isso porque, no caso das doenças sem um marcador biológico, como ela, o diagnóstico se baseia em critérios clínicos.

“No diabetes, por exemplo, o marcador é a glicemia. A medição comprova que o indivíduo tem a doença. Com as patologias sem marcador é diferente. O paciente não pode provar que está com dor, nem o médico que você tem enxaqueca. Por isso, a entrevista clínica é essencial para o diagnóstico”, diz o neurologista, que estuda o tratamento da dor de cabeça há 32 anos.

Hoje, a classificação da SIC já estabelece um consenso quanto aos principais sintomas desse tipo de cefaleia, que possui 16 formas de apresentação. A com aura e a sem aura são as duas principais.

Quando toca o alarme

Mas, afinal, o que causa a enxaqueca? Trata-se de uma doença biológica, genética e hereditária. “Não tem nada a ver com comida, com comportamento, com menstruação. Esses são modelos leigos que vêm há décadas e não resolvem o problema. A enxaqueca é uma desregulação que envolve mecanismos cerebrais do controle da dor. É um alarme que toca periodicamente, sem motivo. Todos temos esse mecanismo de alarme, que só é para disparar quando há um motivo; nos enxaquecosos ele é desregulado e dispara à toa”.

Quando o alarme está nessas condições, há duas formas de fazê-lo parar. A primeira é desligá-lo – essa é paliativa, emergencial. A outra, é regulá-lo para que não toque mais. Poderia ser só uma metáfora, mas é nela que residem os princípios para o tratamento.

Fonte: Diário do Nordeste.

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